quarta-feira, 16 de março de 2011

Bombeiros realizam parto de emergência em Caicó


Durante seu cotidiano de trabalho, o Corpo de Bombeiros atende aos mais variados tipos de casos, alguns até inusitados. Na madrugada desta terça, 15, por exemplo, uma equipe de resgate do Corpo de Bombeiros de Caicó, foi acionada para atender a uma chamada emergencial e acabou realizando um parto dentro de uma residência naquele município.
Os bombeiros se deslocaram até uma residência na Rua José Maria Gonçalves Vale, no Bairro Barra Nova II, em Caicó, e encontraram a senhora Sonia de Medeiros de Almeida já em trabalho de parto. Como não havia mais tempo para transportá-la até o hospital e, sabendo que aquele se tratava de um parto de risco, tendo em vista que a parturiente tinha 44 anos, os bombeiros deram início à assistência pré-hospitalar ali mesmo no local. Foi necessário um excelente trabalho de equipe para acalmar a paciente e seus familiares e concluir o parto, com os cuidados que a ação necessitava. Na residência, os bombeiros completaram a condução da criança ao meio externo, desobstruíram as vias aéreas do bebê para evitar a asfixia por secreção, pinçaram o cordão umbilical que liga a criança a mãe e mantiveram a temperatura corporal de ambos com a colocação de agasalhos. Após os atendimentos iniciais prestados, a mãe e o bebê foram conduzidos até o hospital do Seridó para que fossem feitos os procedimentos finais, onde puderam receber atendimento médico. Sonia de Medeiros de Almeida e o bebê, do sexo masculino, passam bem.
         A equipe de resgate que realizou o parto em Caicó foi composta pelos soldados Chagas, Nunes e Muniz, além do Soldado Rogério, da Central de Gerenciamento de Emergência da Corporação, que prestou as primeiras orientações ainda por telefone e acionou a guarnição.
         Este foi o segundo parto a ser realizado pelos Bombeiros, na Região Seridó, em quinze dias. O primeiro aconteceu no dia 2 de março, quarta feira de carnaval.



O que fazer em caso de Parto de Emergência?
Procedimentos gerais: 
Acionar o Corpo de Bombeiros (193) ou Samu (192);
Sempre manter a calma;
Sem expor a parturiente, ela deverá estar livre de todas as vestimentas que possam obstruir o canal de nascimento;
Em hipótese alguma o processo de nascimento do bebê poderá ser impedido, retardado ou acelerado;
Sempre o marido, os pais ou outro parente próximo deverá acompanhar, o tempo todo, a parturiente;
Não permitir a presença de curiosos. Procurar ser o mais discreto possível e manter ao máximo a privacidade da gestante;
Não permitir que a gestante vá ao banheiro se são constatados os sinais do parto iminente.

Procedimentos específicos: 
· Colocar a parturiente deitada de costas, com os joelhos elevados e as pernas afastadas uma da outra e pedir-lhe para conter a respiração, fazendo força de expulsão cada vez que sentir uma contração uterina;
· Quem vai assistir ao parto deverá lavar bem as mãos;
· À medida que o parto progride, ver-se-á cada vez mais a cabeça do feto em cada contração. Deve-se ter paciência e esperar que a natureza prossiga o parto; nunca se deve tentar puxar a cabeça da criança para apressar o parto;
· À medida que a cabeça for saindo, deve-se apenas ampará-la com as mãos, sem imprimir nenhum movimento, que não o de sustentação;
· Depois de sair totalmente, a cabeça da criança fará um pequeno movimento de giro e, então, sairão rapidamente os ombros e o resto do corpo. Sustentá-lo com cuidado. Nunca puxar a criança, nem o cordão umbilical; deixar que a mãe expulse naturalmente o bebê;
· Após o nascimento da criança, limpar apenas o muco do nariz e a boca com gaze ou pano limpo e assegurar-se de que começou a respirar. Se a criança não chorar ou respirar, segurá-la de bruços, com a estabilização correta da coluna cervical, e dar alguns tapinhas (de leve) nas costas para estimular a respiração. Desta forma, todo o líquido que estiver impedindo a respiração sairá;
· Se o bebê ainda assim não respirar, fazer respiração artificial delicadamente, insuflando apenas o volume suficiente para elevar o tórax da criança, como ocorre em um movimento respiratório normal;
· Não há necessidade de cortar o cordão umbilical, se o transporte para o hospital demorar menos de 30 minutos. Nesse tempo os bombeiros ou enfermeiros do Samu já terão chegado ao local.
· O cordão umbilical sairá junto com a placenta, cerca de 20 minutos após o nascimento;
· Após a saída da placenta, deve-se fazer massagem suave sobre o abdome da parturiente para provocar a contração do útero e diminuir a hemorragia que é normal após o parto;
· Transportar a mãe e a criança ao hospital para complementação assistencial médica. Deve-se também transportar a placenta para o médico avaliar se ela saiu completamente.

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