sábado, 18 de maio de 2013

"Dinheiro nenhum paga a honra de ninguém", diz Capitão Miranda


Capitão Miranda. Foto: Gláucia Lima
Em consequência do episódio envolvendo o Comandante do Corpo de Bombeiros de Caicó Capitão Miranda e o Padre-Capelão Alexandre, durante o Carnaval deste ano em Caicó, ocorreu nesta quinta-feira, 16, uma audiência entre as partes e ficou determinado que o Padre Alexandre terá de pagar 12 mil reais à duas instituições carentes de Caicó, Apae e Abrigo.

Na manhã desta sexta o Capitão Miranda recebeu  à imprensa de Caicó para falar sobre o “re-encontro” que resultou nesta decisão. “Ontem conseguimos chegar a um acordo e as duas instituições saíram ganhando com isso”, cita.

Mas de acordo com o Capitão Miranda não para por aí. “Por por sermos militares, respondemos em duas esferas a civil e a militar.  “A minha primeira vitória foi agora na esfera civil, agora vamos a segunda esfera que é a militar”, comenta.

Ainda segundo Miranda, no âmbito militar isso pode gerar um inquérito e, posteriormente, um processo administrativo. Nesta etapa, os envolvidos são ouvidos, novos fatos serão levantados e, em seguida, chega-se a conclusão se houve crime militar ou não.

Capitão Miranda disse que não guarda rancor de Padre Alexandre, nem condena sua pessoa, mas que ele precisava ser punido pelo ato praticado, por isso considera decisão satisfatória. “Uma decisão como essa é satisfatória porque houve uma punição - graças a colaboração da Justiça e da Promotoria -  em virtude de um ato cometido de forma incoerente. Isso vai servir de aprendizado para que as pessoas tenham consciência de que a Lei existe e vale para todos, acrescenta.

Eu não condeno a pessoa de Padre Alexandre, e sim, o ato, tanto que hoje está tudo está na santa normalidade. Nos cumprimentamos e nos respeitamos, afinal, moramos em um município pequeno e nós precisamos contar com a colaboração de todas as autoridades da cidade”, enfatiza.

LIÇÃO


Capitão Miranda. Foto: Gláucia Lima
“Uma dos maiores ensinamentos que aprendi em minha carreira militar foi a tratar o cidadão na hora de uma ocorrência como se fosse da minha família porque assim não se mede esforços para ajudar, como também, a não ser indiferente a dor dos outros. É preciso ter capacidade de entender o sofrimento que a pessoa está passando naquele momento. Inclusive, nesse caso de Padre Alexandre em que ele perdeu o controle, eu precisei praticar isso, senão, não cresceria como ser humano e o meu caráter não sairia fortalecido”.

fonte: Blog Gláucia Lima



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